1: Como vai a vida? O que tens feito longe dos holofotes?
A vida está a correr normalmente. Longe dos holofotes tenho me dedicado à família, ao trabalho, à leitura e à composição de novas músicas.
2. Ainda em retiro ou já te sentes recuperado?
Digamos que me sinto recuperado, embora o retiro tenha passado a fazer parte do meu modo de vida.
3. Fale dessa experiência.
Manter-me afastado de tudo ajudou-me a entender melhor o mundo à minha volta, mas principalmente a entender a mim mesmo. Andei bastante confuso em relação ao que queria para a minha vida. Agora que acredito estar na pista certa, continuo a evitar envolver-me demais com tudo e com todos. Preciso alimentar o meu espírito e isso só consigo quando estou comigo mesmo.
4. O que o teu pai significou nesse momento da tua vida?
O meu pai foi um verdadeiro amigo que soube ouvir-me e apoiar-me incondicionalmente para que eu descobrisse o meu próprio caminho. Sem fórmulas mágicas, nem grandes sugestões, ele simplesmente ouvia-me e confortava-me. Acho que ele sabia que se tratava de uma fase passageira.
5. Sentes-te preparado para o retorno ou precisas de mais tempo?
Sinto-me preparado.
6. Com que apoios contaste mais nessa fase?
Família, amigos, admiradores e principalmente com o ar puro e a gente da minha terra, Namaacha!
"NÃO CONSEGUIA LIDAR COM A CENSURA QUE SOFRO POR CAUSA DO TIPO DE MUSICA QUE FACO"
7. Mas...o que te aconteceu exactamente?
Também não sei. Eu simplesmente fiquei farto de tudo e estava a atravessar problemas conjugais. Acho que em algum momento já não conseguia lidar com a censura que sofro por causa do tipo de música que faço, o que me trazia muitas incertezas em relação ao futuro da minha carreira musical e da minha vida. Fiquei sufocado!
8. Se tivesses de mudar algo em ti/na tua vida, o que seria?
Não mudaria nada. Agradeço à Deus pela vida que tenho!
9. Como preves o futuro da tua arte/musica?
Vou continuar a fazer música de intervenção social, mas quero também usar a minha música para informar e educar as pessoas. Sinto que para as pessoas entenderem melhor e absorverem as minhas mensagens, elas precisam de informação sobre muita coisa, como por exemplo, os seus direitos. Quero também educar, com base na minha experiência de vida e coisas que aprendi e aprendo, porque vejo muita gente que embora informada, vive de forma errada.
VOLTAR PARA A COTONETE RECORDS? "…SO O TEMPO DIRA"
10. Aventas a possibilidade de voltar a Cotonete Records?
O tempo dirá.
11. Podemos aguardar por musica nova este ano?
Com certeza! O meu disco “Cubaliwa” será finalmente lançado este ano e será o retrato do meu estado mental e de espírito, bem como influências que sofri ao longo dos 3 anos que levei a prepará-lo. Para além do disco, vou voltar a lançar músicas soltas em função do dia-a-dia como gosto de fazer.
12. Uma mensagem para os teus admiradores.
Obrigado por continuarem a acreditar em mim e no meu trabalho. Quem está com o povo, está com Deus!
Fonte: MozPop